A perda de um filho, é um processo dramático na vida de qualquer um, isso porque, ela é considerada a dor mais intensa que existe e é um dos processos de luto mais delicado. Além disso, ela muda completamente a estrutura familiar, pois a perda de um filho exige que muitos planos, sonhos e projetos sejam repensados.
Porém, muitas vezes enxergamos o luto paterno de maneira distinta do materno, pois estamos acostumados a ter o pai como a pessoa mais forte da casa. Além disso, a sociedade tem uma imagem estereotipada de uma masculinidade marcada pela frase de que “homem não chora”.
Portanto, quando ele se encontra em um momento como este, normalmente é cobrado uma postura mais firme, para que possam ser o alicerce para toda a família e principalmente para a figura materna.
Porém, assim como a mãe ou qualquer outra pessoa que enfrenta o luto, eles precisam de ajuda e atenção neste momento delicado, pois também sofrem! Continue a leitura para entender um pouco mais sobre esse tema!
Afinal, homem realmente é mais forte que as mulheres?
Não, por conta dos estereótipos impostos pela sociedade de que os homens precisam ser fortes o tempo todo, eles não demonstram seus sentimentos, isso não significa que não chorem. Por conta dessa pressão cultural, eles omitem o que estão sentindo diante de muitas pessoas e acabam sofrendo calados.
Portanto, em um momento de luto, a sociedade também tem essa postura de cobrar que os homens sejam mais fortes e que sirvam de base para toda a família. Infelizmente, ainda há quem acredita que a figura paterna sente menos ou superam mais fácil esse acontecimento em relação às mulheres.
Justamente por essa cobrança estrutural e cultural, o homem não se permite vivenciar todas as etapas do luto, e cultivam a ideia de que precisam ser fortes para dar apoio a sua esposa, mesmo que estejam devastados por dentro.
Como essa cobrança afeta o pai no processo de luto?
É muito importante que para chegarmos ao final do processo de luto, ele seja vivenciado por um todo em todas as suas etapas, assim, você passa por essa dor de uma forma mais saudável!
Devido a esse estereótipos, a figura paterna, não tem o seu luto validado socialmente, e isso impede que ele passe por todas as etapas do luto, o que pode ser transformado em uma doença física ou psicológica.
Além disso, todo esse estresse gerado pela negligência dos sentimentos, podem provocar problemas familiares, principalmente entre os cônjuges, que estão em constante busca de um “porquê”, o que tende a gerar solidão, intensificando a sensação de vazio.
Sofrendo escondido
Lidar com as emoções não é algo que o homem aprende durante a sua vida toda, e justamente por isso, eles sofrem de maneira “invisível” ou escondido. Muitos pais sofrem dessa maneira, por acharem que precisam ser fortes para dar o apoio e suporte necessário para a sua família.
Porém, têm alguns sinais que devemos estar atento durante o processo do luto paterno:
● Ele não demonstra fraqueza ou tristeza na frente da família ou amigos;
● Aparenta estar sempre “feliz” ou fazendo brincadeiras para distrair;
● As outras pessoas não falam sobre isso com ele;
● Ele não se permite vivenciar o luto.
Como ajudar o pai no processo de luto?
A perda de um filho, é muito doloroso! Ela muda a ordem natural da vida, e justamente por isso, torna-se um fator ainda mais impactante e angustiante.
Porém é muito importante, a família estar juntos e ajudar um ao outro. Não é justo colocar essa responsabilidade em cima do pai e por isso, algumas atitudes simples, podem ajudar ele a passar por esse luto de uma maneira mais saudável:
● Faça companhia;
● Evite cobranças;
● Incentive a fazer coisas do cotidiano;
● Leve comida.
Além disso, é muito importante todos ficarem atentos ao seu comportamento, pois esse sofrimento escondido, pode gerar doenças psicológicas severas, e se for o caso, é importantíssimo incentivá-lo a buscar por um profissional da saúde.
Sabemos que toda essa cobrança, faz parte da nossa cultura, porém é necessário mudarmos esse ponto de vista e começar a pensar de maneira diferente, isso porque, o homem também tem o direito de sofrer, principalmente em uma perda como essa.
Além disso, caso o luto seja negligenciado, ele pode evoluir para um quadro depressivo. Por esse motivo é fundamental permitir-se viver esse processo. Portanto, o luto é um processo natural da vida, e por isso, precisamos buscar estratégias que ajudem a fazer isso de uma maneira mais saudável.
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